quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Brasília sedia o II Seminário Nacional de Boas Práticas no Controle da Tuberculose junto à População em Situação de Rua.

Nos dias 18 e 19 de setembro foi realizado, em Brasília, o II Seminário de Boas Práticas no Controle da Tuberculose junto a População em Situação de Rua.

Participaram do seminário, coordenadores de Estado e das capitais dos programas de tuberculose, DST/aids e hepatites virais, atenção básica, assistência social, representantes da sociedade civil, conselhos de saúde e assistência social de 11 estados e suas respectivas capitais: RS, PR, SP, RJ, MG, DF, PE, BA, CE, AM e GO.

Não há muitos dados sobre a incidência da tuberculose e outras enfermidades junto à população em situação de rua. Apesar disso, estudos e relatos - de pessoas que vivem em situação de rua, bem como dos profissionais que trabalham junto a esta população - mostraram que a tuberculose é um grave problema de saúde, com elevada taxa de incidência e abandono de tratamento.

Na cidade de São Paulo, por exemplo, a incidência de tuberculose nesta população, em 2012, foi de 1.814 casos por 100.000 hab. Uma incidência 37 vezes superior quando comparada à população geral. O abandono do tratamento foi de 43% entre os casos novos de tuberculose, em 2011. Esses indicadores destacam a necessidade de estratégias diferenciadas que possibilitem maior adesão ao tratamento e aumento da cura.

Em vista disso, o seminário teve como objetivo discutir ações de saúde para a população em situação de rua, envolvendo os diversos atores, da saúde e assistência social, além dos próprios usuários, para a construção de uma agenda conjunta. 

Segundo o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, apesar da grande redução da incidência e mortalidade por tuberculose nos últimos anos, a doença ainda persiste em algumas populações mais vulneráveis como as pessoas que vivem em situação de rua, os privados de liberdade, os indígenas e as pessoas que vivem com HIV.

“Esse é um problema que vai além do setor Saúde. Essas populações têm dificuldades específicas para acessar os serviços. É preciso articular junto à Assistência Social e à Secretaria de Direitos Humanos para maior efetividade das políticas públicas. E é por isso que estamos reunidos neste seminário. Para trocar experiências. Para que boas práticas estaduais e municipais se disseminem em nível nacional”, explicou.

O secretário também destacou que a participação das pessoas envolvidas é fundamental para o sucesso das ações.

A representante do Conselho Nacional de Saúde e do Movimento Nacional da População em Situação de Rua, Maria Lucia Santos Pereira da Silva, alertou para a invisibilidade desta população perante a sociedade e cobrou ações mais concretas.

 “Precisamos olhar para essa população. Assumir que isso é um problema. A partir do momento que a pessoa não consegue acessar uma unidade de saúde, por estar sujo ou drogado, isso é um problema. Estar na rua já é um agravo. Se as pessoas estão nas ruas é porque faltam políticas públicas”.



***Todas as apresentações do seminário serão disponibilizadas em breve em nosso acervo!


segunda-feira, 9 de setembro de 2013

PNCT realiza oficina para troca de experiências exitosas e construção de novas estratégias de adesão ao tratamento

Nos dias 10 e 11 de setembro será realizado, em Brasília, a Oficina de Estratégias para a Adesão ao Tratamento da Tuberculose (TB). Participam do evento, cerca de 90 pessoas, entre coordenadores estaduais e municipais de tuberculose e enfermeiros de diversos lugares do Brasil que atuam nos serviços de saúde. 

O Tratamento Diretamente Observado (TDO) é a estratégia para a adesão recomendada pelo Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT) que consiste na observação da tomada diária dos medicamentos. É recomendado para todas as pessoas com diagnóstico de tuberculose e deve ser realizado na unidade básica de saúde mais próxima à residência do paciente. 

O TDO também pode ser realizado por uma pessoa que já tenha vínculo com o paciente. Nestes casos, o profissional de saúde deve acompanhar semanalmente o suporte ao tratamento oferecido pela pessoa que tenha vínculo.  

Visto que a adesão ao tratamento é fundamental para o controle da tuberculose, ao curar e diminuir a possibilidade de multirresistência aos medicamentos, a oficina tem como objetivo o fortalecimento e a expansão do TDO, bem como de outras estratégias de adesão, por meio da troca de experiências exitosas que possam contribuir para a construção de novas estratégias de adesão que qualifiquem ainda mais o tratamento da TB. 

A Oficina será realizada no Hotel Nobile Lakeside Convention & Resort – SHTN Trecho 1 Lote 2 Projeto Orla 3 – Setor de Hotéis e Turismo Norte Setor Hoteleiro Sul – Brasília/DF – Tel: (61) 3035-5615.

Para acessar a programação completa clique aqui.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Comitê Organizador do Fórum Mundial de Direitos Humanos já tem adesão de mais de 100 entidades

Da SDH/PR

Mais de 100 entidades da sociedade civil e do poder público já fizeram a inscrição para participar do Comitê Organizador do Fórum Mundial de Direitos Humanos – FMDH. O evento, promovido pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), acontecerá entre os dias 10 e 13 de dezembro em Brasília.

O Comitê será a última instância para discussão e aprovação das linhas gerais do Fórum. Poderão fazer parte desse grupo instituições das três esferas de governo, movimentos sociais, universidades, organismos internacionais, entre outros. A reunião de formação do Comitê Organizador foi realizada na última quarta-feira (31), após o lançamento oficial do Fórum pela ministra Maria do Rosário. Na ocasião, a secretária-executiva da SDH/PR, Patrícia Barcelos, apresentou as entidades inscritas a estrutura e os objetivos do evento. A próxima reunião deliberativa do Comitê será no dia 21 de agosto, quando as organizações devem apresentar as propostas e contribuições para o Fórum.

A Secretaria-Executiva/FMDH, criada para coordenar as questões administrativas e operacionais do evento, continua com a missão de convidar mais instituições para integrar a equipe de organização do Fórum. As entidades da sociedade civil e do poder público tem até o dia 10 de dezembro para aderir ao Comitê Organizador, que é conduzido pela SDH/PR.

O Comitê é formado por cinco comissões de trabalho: Temática, Infraestrutura, Cultura, Mobilização e Comunicação.  Ao fazer a adesão, as entidades tanto do governo quanto da sociedade devem indicar em quais dessas áreas querem atuar.  

Com o tema “Diálogo e respeito às diferenças”, o FMDH deve promover um espaço de debate público sobre os direitos humanos no mundo. Durante o evento, serão discutidos os principais avanços e desafios em relação ao respeito às diferenças, a participação social, a redução das desigualdades e o enfrentamento a todas as violações de direitos humanos. A expectativa da SDH/PR é reunir milhares de participantes nacionais e internacionais nos quatro dias de realização do Fórum.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Aberta inscrição de experiência para o Laboratório de Inovação sobre Atenção de Adolescentes e Jovens

Da OPAS/OMS

Reunir, identificar e valorizar as práticas inovadoras na Atenção à Saúde de Adolescentes e Jovens. Este é o principal objetivo do Laboratório de Inovação sobre Boas Práticas na Atenção de Adolescentes e Jovens, que recebe inscrições de experiências até 12 de outubro. Podem participar qualquer serviço de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), seja no hospital, no ambulatório ou na atenção básica e por entidades vinculadas que desenvolvam ações voltadas para esse público específico.

“O Brasil tem muitas experiências dos serviços de saúde para essa faixa etária. Queremos conhecer e dar visibilidade para essas práticas inovadoras, que atendem uma parcela significativa da população brasileira, em torno de 51 milhões de pessoas”, adianta Thereza de Lamare Franco Neto, coordenadora da Área de Saúde do Adolescente, do Ministério da Saúde (MS).

A iniciativa foi por meio da Coordenação Geral de Saúde de Adolescentes e Jovens do Ministério da Saúde em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS-Brasil). A proposta é que o material reunido no novo espaço fique à disposição de gestores do SUS que estejam em busca de respostas a problemas similares. O edital de convocação foi lançado durante a reunião do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), em Brasília, para marcar as celebrações pelo “12 de Agosto - Dia Internacional da Juventude”.

O edital de convocação está dividido em dois eixos temáticos. O primeiro contempla as boas práticas da atenção à saúde do jovem e do adolescente, envolvendo a melhoria e ampliação do acesso; melhoria da qualidade da atenção; saúde sexual e saúde reprodutiva; educação em sexualidade e planejamento reprodutivo; Rede Cegonha; Rede de Atenção Psicossocial; envolvimento de outros setores (intersetorialidade); programação e execução de recursos financeiros; práticas de difusão do conhecimento e da informação; e comunicação e integração entre os serviços.

O segundo eixo trata da participação juvenil, ou seja, experiências exitosas e inovadoras que promovam o protagonismo de adolescentes e jovens na atenção à saúde e que estejam passíveis de monitoramento da implementação pelo setor saúde por meio do SUS.


No ato da inscrição da experiência, o responsável deverá informar o eixo e a área referente ao seu trabalho e apresentar a anuência do gestor para sua inscrição. Posteriormente, será enviado um termo de consentimento para a divulgação do trabalho. 

As inscrições vão até 12 de outubro, no endereço http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=12453. A seleção dos trabalhos será feita pelo Grupo de Trabalho Saúde do Adolescente e Jovem (GTSAJ), instituído pelo MS e OPAS Brasil.

Veja o convite, em vídeo, da coordenadora da área da Saúde do Jovem e do Adolescente, Thereza de Lamare, para os profissionais de saúde: http://www.youtube.com/watch?v=sDQND_br0yA&list=UUGsh5I0NMEJWZ4x73WzxrXg