quarta-feira, 24 de junho de 2015

Vereador de Eunápolis quer cesta básica para pacientes de Hanseníase, Tuberculose e HIV

Do Voz da Bahia

O vereador de Eunápolis Jorge Maécio (PP) quer que usuários dos programas de Hanseníase, Tuberculose e HIV tenha direito a uma cesta básica individual de alimentos. Segundo informações do site Radar 64, o projeto deve entrar em pauta na Câmara após o recesso do mês de julho. 

Maécio, que também é primeiro secretário da Mesa Diretora, justifica que a lei estimula que "pacientes de baixa renda não abandonem o tratamento". 

No seu projeto, o cadastramento dos beneficiários será realizado por técnicos dos programas e serviços das Unidades Básicas de Saúde, Centro de Referência de DST/Aids, Policlínica ou Secretaria Municipal de Saúde, usando formulário específico. 

O paciente só terá direito ao benefício se comprovar sua condição de doente, por meio de laudo emitido pro profissional de saúde da rede pública ou conveniada do SUS. O paciente deve ainda estar em tratamento e comparecer a todas as consultas agendadas pelos programas. Em caso de abandono do tratamento, o benefício será suspenso. 

Os pacientes com menos de 18 anos terão direito às cestas desde que comprovem a necessidade por meio de laudo de profissional de saúde do programa ou serviço. Neste caso, a cesta será entregue ao responsável mediante comprovação por documento ou procuração. (BN)



sexta-feira, 19 de junho de 2015

Participe do 10° Congresso de HIV/AIDS e compartilhe experiências


Já inscreveu o seu trabalho para o 10° Congresso de HIV/AIDS? Não? Ainda está em tempo!

Corra e garanta já a sua participação! 

Os autores dos trabalhos aprovados receberão bolsas completas com passagem, hospedagem, alimentação e transporte durante o evento.

Esta é a hora de mostramos as ações inovadoras que vem sendo realizadas no combate à coinfecção TB-HIV!

Faltam 12 dias para o fim do prazo previsto para as inscrições de trabalhos científicos para o 10º Congresso Brasileiro de HIV/Aids, que acontecerá de 17 a 20 de novembro, em João Pessoa, na Paraíba. 

Os participantes poderão apresentar seus projetos a grandes especialistas brasileiros e de todo o mundo em ambas as epidemias, ainda, farão parte dos anais do congresso. 

Faça sua inscrição pelo link: 


Dentre os grandes nomes nacionais e internacionais confirmados para o Congresso, estão: Leila Beltrão, Marc Bourlière, Jordan Feld, Beatriz Grinsztejn, João Silva de Mendonça, Ésper Kallás, Kenneth Mayer e Julio Montagner. Para saber mais sobre os palestrantes acesse: 




segunda-feira, 15 de junho de 2015

Audiência pública decide retomar Frente Parlamentar de Combate à Tuberculose, em São Paulo


O retorno da Frente Parlamentar de Combate à Tuberculose foi o foco da audiência pública realizada nesta quinta-feira (11), na Assembleia Legislativa de São Paulo, em que a deputada estadual Leci Brandão (PC do B) comprometeu-se em presidir a bancada, fazendo a ponte entre a sociedade civil e membros dos poderes legislativos.

“Entre os 94 membros desta casa eu sou a que tenho menos conhecimento sobre a tuberculose, mas tenho muita vontade e disposição”, disse Leci na abertura da audiência que discutiu os direitos sociais do paciente com tuberculose.  

O tema central da audiência foi a discussão do projeto de lei 890/2013, que aborda o programa de assistência alimentar e nutricional para pacientes de tuberculose e a lei 891/2013, que trata da gratuidade nos transportes públicos para doentes de tuberculose, ambas de autoria da deputada Leci Brandão. Porém, como o ex-deputado Adriano Diogo (PT), que era o então presidente da Frente Parlamentar de Combate a Tuberculose, e a maioria dos demais membros não foram reeleitos, todo o processo de organização entre sociedade civil e poder legislativo precisam ser refeitos.

Leci Brandão criticou a falta de interesse do poder público em investir em pesquisas e ações que envolvam os grupos vulneráveis à doença tanto em caráter social como econômico: “Eles não conseguem fazer corrupção [ganhar dinheiro de forma ilícita] defendendo uma causa como essa e, por isso, existe essa falta de interesse”.

Vera Galessi, coordenadora do Programa Estadual de Controle de Tuberculose de São Paulo, destacou a importância de trabalhar com os determinantes sociais para combater a doença. “Nos últimos relatórios da ONU podemos ver que essa é uma preocupação que deve ser observada. Os grupos mais vulneráveis à tuberculose vivem em condições precárias de alimentação e moradia, têm o sistema imune deficiente (...). A saúde não dá conta de controlar a doença sozinha. É preciso investir na questão socioeconômica”, afirmou Vera.

Rosângela Araújo e Júlio César Dias contaram sobre suas experiências e vivências com a tuberculose. Rosângela disse que fez tratamentos durante cinco anos e quatro meses até superar. “Em minha última internação, fiquei cinco meses no setor de isolamento do Hospital Emílio Ribas. O lado bom, que me ajudou a enfrentar todas as adversidades, foi ter conhecido a Sociedade Clemente Ferreira”, disse ela.

Júlio César Dias também se disse agradecido pelo acolhimento numa instituição. “Fui tratar de uma pneumonia e descobri que tinha tuberculose. Felizmente, bati na porta da ONG Nossa Senhora do Bom Parto. Lá, encontrei ânimo para superar a doença e ganhei uma família”, disse Júlio César Dias, que hoje é agente de saúde.

Naomi Komatsu, do Programa de Controle de Tuberculose do município de São Paulo, contou que o caso de Rosângela foi excepcional, pois teve resistência ao tratamento – nos pacientes em que a bactéria não resiste aos medicamentos, o comum é que o tratamento dure seis meses.

Entre as propostas apresentadas na audiência para a melhoria da qualidade de vida, tratamento e combate à tuberculose estão, além de incentivo para tratamento, transporte e alimentação, a necessidade de ampliar as ações voltadas a coinfecção de TB/HIV e testes rápidos para diagnóstico da doença.

Segundo Nádia Reis, coordenadora do Programa Municipal de Controle da Tuberculose de São Paulo, é preciso que todas as necessidades para combater a TB estejam escritas na forma de lei, pois só assim pode-se cobrar dos gestores para a sua realização.

A audiência contou ainda com a participação de: irmã Margaret, da Pastoral Carcerária; José Carlos Veloso, da Rede Paulista de Controle Social da Tuberculose; Péricles Nogueira, professor da Faculdade de Saúde Pública da USP; Américo Nunes, do Movimento Paulista conta a Aids; Valdemir Conceição da Silva, da Rede Paulista de Controle Social da Tuberculose; e Álvaro Santana, do Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, que lida, entre outras, com a população de rua, acompanhando o tratamento conta a tuberculose.

Ao fim da audiência Leci Brandão pediu aos presentes que, num esforço  coletivo, busquem o apoio dos parlamentares para dar continuidade à discussão, aprovação das leis e recriação da Frente Parlamentar. Os participantes se dividiram em dois grupos. Um será coordenado por Nádia  e o outro por José Carlos Veloso. Eles precisam colher, no mínimo, 22  assinaturas para o recomeço do trabalho que estava em andamento na legislação passada.

Saiba mais sobre:

Resolução nº 44, de 6 de julho de 2011
PL 891
PL 890

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Seminário de laboratórios reúne experiências da Rede de Teste Rápido para tuberculose

Nos dias 27 e 28 de maio, foi realizado na FIOCRUZ, em Brasília, o II Seminário Nacional de Diagnóstico Laboratorial de Tuberculose que discutiu a situação em que se encontram a rede de laboratórios do país no que diz respeito ao diagnóstico de tuberculose. 

Participaram do evento, coordenadores e profissionais de Laboratórios Centrais (LACEN) de todos os estados, além dos coordenadores dos Programas Estaduais de Tuberculose (PCT).

No encontro foram compartilhadas diversas experiências exitosas sobre o funcionamento da Rede de Teste Rápido Molecular nos estados do Amazonas, Minas gerais, São Paulo e Pernambuco. 

As experiências abordaram diversas facetas dentre as quais cabe destacar a organização dos fluxos laboratoriais, realização de pesquisas com micobactérias não tuberculosas e otimização da Rede. Para saber mais sobre as discussões, as apresentações podem ser acessadas aqui


segunda-feira, 1 de junho de 2015

DSS no território local: a importância do mapeamento da tuberculose em Itaboraí

Do DSS Brasil 

" Não é só a doença que o doente traz. Ele traz a sua história, suas relações sociais, econômicas, culturais, além do seu sofrimento e temos de estar preparados para compreender a realidade".
” Não é só a doença que o doente traz. Ele traz a sua história, suas relações sociais, econômicas, culturais, além do seu sofrimento e temos de estar preparados para compreender a realidade”.
Em entrevista concedida ao Portal DSS Brasil, Maria José Fernandes Pereira, da Coordenação de Tuberculose do Município de Itaboraí, fala sobre aElaboração de metodologia para análise das iniquidades em saúde relacionadas às populações vulneráveis na área do município de Itaboraí, estudo do pesquisador Pedro Alves Filho, realizado através do Centro de Estudo Políticas e Informação sobre Determinantes Sociais da Saúde da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, da Fundação Oswaldo Cruz (CEPI DSS/ENSP/Fiocruz). “O Comperj colocou os holofotes sobre a região e especificamente sobre Itaboraí. Nunca se experimentou algo de tamanha natureza”, disse ela. “Não é só a doença que o doente traz. Ele traz a sua história, suas relações sociais, econômicas, culturais, além do seu sofrimento e temos de estar preparados para compreender a realidade”, completou. Confira a entrevista.
1. Qual é a importância do estudo para Itaboraí?
O estudo é de fundamental importância para o nosso município, por possibilitar enxergar com outro olhar; o olhar acadêmico de forma sistematizada e aprofundada sobre a população e suas vulnerabilidades. Muitas das vezes nós, os profissionais que estamos operacionalizando as ações, necessitamos dar respostas imediatas para determinadas situações e temos dificuldade em entender o contexto do problema vivenciado pelo usuário de forma ampla. Seu problema de fato está relacionado com a sua vida no território e suas relações.
2. Como este tipo de iniciativa auxilia na gestão de saúde?
Na prática lidamos com a doença. No caso da Tuberculose por ter questões sociais muito fortes, temos que ampliar olhar sobre a forma de enxergar o indivíduo para além da doença. Daí a importância do olhar externo somado ao olhar interno, onde a teoria e prática se complementam nos possibilitando planejar ações e pautar prioridades que direcione para agenda política do município.
3. De que forma projetos como este podem ser utilizados para preparar as equipes para atender determinados agravos, como no exemplo deste estudo, a tuberculose?
O projeto vem colaborar nos nossos anseios que são de buscar cada vez mais a melhoria da nossa qualidade nos serviços para a população. Estamos trabalhando desde 2011, com as equipes da Atenção Básica, através das   rodas de monitoramento das Ações de Controle da Tuberculose, indicadores operacionais e epidemiológicos de forma a possibilitar o entendimento do dado e da importância da informação que tem o objetivo de traçar ações factíveis que possibilite mudanças epidemiológicas da tuberculose no território. Neste sentido trabalharmos o monitoramento das ações desenvolvidas e pactuadas com as equipes na perspectiva de aprimorar o processo de avaliação.
O Programa de Tuberculose tem possibilitado a abertura do campo de pesquisa em nosso município, por entendermos a necessidade da aproximação com a academia. No entanto, entendemos a importância da devolutiva das informações referentes ao campo de estudo, por permitir que os resultados apresentados contribuam nas intervenções dos processos de trabalho das equipes, e mesmo a gestão.
O Comperj colocou os holofotes sobre a região e especificamente sobre Itaboraí, nunca se experimentou algo de tamanha natureza. Sendo a tuberculose uma doença que atinge em sua maioria  pessoas vulneráveis social e economicamente, ter “informações da população de forma sistematizada, aprimorar a qualidade da informação, integrar bancos de dados, e ainda realizar o monitoramento analítico do quadro de morbidade do município” é oportunizar aos profissionais de saúde que conheçam o que envolve o problema de saúde, suas necessidades e a rede de saúde do município, de forma a buscar estratégias de intervenções intersetoriais, entendendo  que saúde não vai dar conta da tuberculose,  precisamos envolver outros atores. Não é só a doença que o doente traz. Ele traz a sua história, suas relações sociais, econômicas, culturais, além do seu sofrimento e temos de estar preparados para compreender a realidade.