terça-feira, 5 de dezembro de 2017

O RS conquista o primeiro lugar no Prêmio de Incentivo em Ciência, Tecnologia e Inovação para o SUS

Fonte: FAPERGS


Nesta quarta-feira (29), o Rio Grande do Sul foi anunciado como o Estado vencedor do Prêmio de Incentivo em Ciência, Tecnologia e Inovação para o SUS, promovido pelo Ministério da Saúde, conquistando o 1º lugar com o projeto “Novas Tecnologias para Estudo da Tuberculose” da Professora Maria Lúcia Rosa Rosseti da ULBRA e com participação da Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde - FEPPS e da Universidade Federal do Rio Grande - FURG. Os vencedores foram anunciados no evento “Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde 2017: conectando pesquisas e soluções”, que tem prosseguimento até esta quinta-feira (30), em São Paulo (SP).

A avaliação dos trabalhos nas categorias acadêmicas (Trabalho científico publicado, Tese de doutorado e Dissertação de mestrado) é realizada em duas fases: a primeira por especialistas e a segunda por comissão julgadora. A categoria Experiência exitosa do PPSUS também teve duas fases de avaliação, a primeira de responsabilidade das FAPs e Secretarias Estaduais de Saúde de cada UF e a segunda por comissão julgadora. A categoria Produtos e inovação em saúde foi avaliada em fase única pela comissão julgadora, junto às avaliações da segunda fase das demais categorias.

Os prêmios variam entre R$20 mil a R$50 mil. O prêmio está na décima sexta edição e contabilizou 522 projetos inscritos em cinco categorias: Trabalho Científico Publicado; Tese de Doutorado; Dissertação de Mestrado; Produtos e Inovação em Saúde e Experiência Exitosa do Programa Pesquisa para o SUS: gestão compartilhada em saúde – PPSUS.

Nesta edição, na categoria PPSUS, indicados pelas Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs), concorreram pesquisadores de 18 Estados: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

As Chamadas PPSUS têm a proposta de aplicar a pesquisa científica, tecnológica e de inovação na melhoria do Sistema Único de Saúde (SUS) e, consequentemente, no aumento da qualidade de vida da população. O objetivo do Programa é apoiar e fortalecer o desenvolvimento de projetos de pesquisa que busquem soluções para as prioridades de saúde e atendam as peculiaridades e especificidades de cada Unidade Federativa, fortalecendo a Política Nacional de Saúde.

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Manejo da Coinfecção Tuberculose-HIV (TB-HIV)

Fonte: UNA-SUS



Produzido pela Secretaria Executiva da UNA-SUS, o curso é ofertado pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS). O objetivo é fornecer subsídios para que os profissionais de saúde atendam integralmente, e de forma qualificada, as pessoas coinfectadas por tuberculose e HIV. Para isso, o curso aborda tanto aspectos etiológicos, como aspectos psicossociais e clínicos da associação entre as doenças.

É composto por três unidades, que tratam de aspectos de apoio psicossocial e manejo clínico de coinfecção, com foco especial no diagnóstico de tuberculose nas pessoas que tem HIV, e a organização de serviços para atendimento de pessoas coinfectadas por TB-HIV. Além de uma unidade dedicada a casos clínicos interativos que simulam situações reais.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, a tuberculose é a doença infecciosa que mais mata pessoas com HIV. Por isso, é necessário tratar as doenças de forma conjunta.

  •  Matrículas: podem ser realizadas até 20 de dezembro, pelo link
  •  Público-alvo: Profissionais de saúde da Atenção Básica e demais interessados no tema.
  •  Carga horária: 60 horas
  •  Critérios de certificação: É necessário completar os dois quizzes e os três casos clínicos, obtendo uma nota mínima de 90 pontos

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Conferência Ministerial Global: “acabando com a tuberculose na era dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”

Nos dias 16 e 17 de novembro, foi realizada a primeira Conferência Ministerial Global: “acabando com a tuberculose na era dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, em Moscou, Federação Russa. A reunião foi organizada pelo governo russo, com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS), e foi inaugurada pelo presidente do país, Vladimir Putin. O evento reuniu mais de mil participantes, dentre eles 75 Ministros da Saúde dos países prioritários para o controle da tuberculose, representantes da sociedade civil, da academia e das organizações internacionais.

Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, disse que são necessárias ações e investimentos intensificados para acelerar a resposta à tuberculose (TB) e alcançar todas as pessoas afetadas pela doença. A TB é a doença infecciosa que mais mata no mundo, são cerca de cinco mil mortes por dia. A Ministra da Saúde da Federação da Rússia, Dr. Veronika Skvortsova, declarou seu compromisso de acabar com a doença, afirmando que “a conferência oferece uma oportunidade única para acelerar os esforços em todo o mundo para acabar com a epidemia da tuberculose até 2030, através de uma abordagem multissetorial e interdisciplinar na agenda do Desenvolvimento Sustentável”.

O Secretário Executivo do Ministério da Saúde, Dr. Antonio Carlos Nardi, representou o Brasil na conferência e falou no primeiro painel de alto nível "Acabando com a epidemia de tuberculose: Perspectivas dos países de alta carga de TB e de TB-MDR". Dr. Nardi ressaltou a importância do evento e de finalmente haver uma priorização política mundial em torno da doença. Além de expor as atividades realizadas no Brasil para o enfrentamento da doença, o Secretário Executivo se comprometeu em criar um Comitê Interministerial para o acompanhamento das políticas públicas em tuberculose. Para ele “envolver os ministérios da Justiça, Desenvolvimento Social, das Cidades, dos Direitos Humanos, Educação, Ciência e Tecnologia e Casa Civil é uma estratégia fundamental”.


As autoridades presentes assinaram no dia 17 de novembro, uma Declaração Ministerial, com compromissos para avançar na luta contra a tuberculose. A declaração será o documento norteador da Reunião de Alto Nível sobre Tuberculose da ONU, a realizar-se ano que vem durante a Assembleia Geral das Nações Unidas.

Os BRICS

A ocasião foi ainda a oportunidade que os representantes da academia e dos governos dos países dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) escolheram para formalizar o lançamento da Rede BRICS de Pesquisa em Tuberculose, uma rede que tem o objetivo de identificar prioridades de pesquisa e maneiras de cooperação para avançar na luta contra a tuberculose e alcançar as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, para 2030. A Rede foi formalizada no dia 17 de novembro pelo governo da Federação Russa, com o apoio dos demais países.

A Rede é o primeiro produto do Plano de Cooperação em Tuberculose dos BRICS, proposto pelos Ministros da Saúde dos cinco países em 2014, e acordado também pelas autoridades em 2016. O plano centra esforços em medidas de atenção, proteção social e pesquisa para o combate da doença nos países do grupo e em países de baixa e média renda.

Os BRICS concentram quase 50% de todos os casos novos de tuberculose no mundo. Apesar de ser o país com o menor número de casos no grupo, o Brasil é o único país prioritário para a tuberculose na região das Américas. A tuberculose é uma ameaça comum para a saúde pública dos cinco países e, ao unir esforços, os BRICS tomaram o primeiro passo para fazer frente à doença, liderando a agenda de pesquisa para o desenvolvimento de novas ferramentas para o seu enfrentamento.



    Fotos oficiais da OMS clique aqui









terça-feira, 14 de novembro de 2017

Agentes penitenciários e detentos da Máxima participam de projeto que servirá de referência contra tuberculose

Fonte: AGEPEN - Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário


Campo Grande (MS) – Com a finalidade de reduzir a incidência da tuberculose (TB) na população carcerária, projeto pioneiro no Brasil e no mundo está sendo realizado com detentos e agentes penitenciários de Mato Grosso do Sul. Os trabalhos já tiveram início no Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho (EPJFC) – o Segurança Máxima da capital – e depois serão desenvolvidos também na Penitenciária Estadual de Dourados (PED), as duas maiores unidades prisionais do estado.

Iniciados há duas semanas na Máxima de Campo Grande, os trabalhos consistem na realização de entrevista, de coleta de escarro para teste rápido molecular e cultura da bactéria, além de raios X digitais. Para isso, os profissionais responsáveis contam com o apoio de uma unidade móvel, em forma de contêiner, totalmente equipada, que está estacionada dentro do presídio. Todos os agentes penitenciários da unidade prisional e mais de cem internos já foram triados até o momento.
 

A ação está sendo realizada pelo Governo do Estado, através da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) e a Secretaria de Estado de Saúde (SES), em parceria com a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), além da colaboração internacional da Universidade de Stanford e do Instituto Nacional de Saúde Pública dos Estados Unidos.

Segundo o idealizador e coordenador do projeto, infectologista Júlio Croda, o objetivo é provar que as unidades móveis são efetivas para o controle, ou mesmo, erradicação da doença. A ideia principal, destaca Croda, é identificar, em um curto período de tempo, os casos de tuberculose para evitar a transmissão. “Ao final dos trabalhos, pretendemos mostrar o impacto e justificar a existência da unidade móvel nos presídios como uma solução possível e efetiva”.


Conforme o infectologista, os dois presídios foram escolhidos porque concentram de 70 a 75% dos casos de tuberculose que ocorrem dentro das prisões do estado. “Desta forma, reduziremos consideravelmente os casos de TB, ressalta o médico, que também é pesquisador da Fiocruz, reforçando que a medida deverá impactar na comunidade em geral, devido ao fluxo de entradas e saídas nestes locais.

O projeto terá duração de dois anos e meio, com meta de cinco triagens em cada penitenciária, desenvolvidas por três meses, alternadamente. Desta forma, se pretende identificar precocemente todos os casos de tuberculose de ambas as unidades penais, iniciar o tratamento e diminuir a transmissão. “Para isso, estamos com a equipe totalmente externa do projeto, ou seja, não estamos sobrecarregando a equipe de saúde do presídio”, pontua. “Temos três enfermeiros, um médico e dois tecnólogos de raios X”, complementa Croda.

A meta, segundo ele, é que, no futuro, seja um trabalho permanente. “Mesmo porque, já existe uma sinalização do Ministério da Justiça e da Saúde, pelo programa nacional de controle de tuberculose, de ampliar para todos os estados a ideia de trabalhar com unidades móveis e com custos mais baratos”, finaliza Croda.

Força-tarefa

Na Agepen, o trabalho é coordenado pela Diretoria de Assistência Penitenciária (DAP), por meio da Divisão de Saúde. Com 2.335 detentos, a Máxima de Campo Grande possui uma demanda elevada de movimentação de presos e, para que o prazo das triagens seja cumprido, a DAP, em conjunto com a Diretoria de Operações e a direção do presídio, elaborou estratégias que irão otimizar as triagens, chegando a 40 custodiados atendidos por dia.

Até o momento, foram identificados dois detentos com tuberculose, que passaram pela consulta médica com o infectologista Júlio Croda e já iniciaram o tratamento padrão com a medicação, conforme o Ministério da Saúde, que dura cerca de seis meses.

Segundo a enfermeira e responsável pela triagem, Andrea Carbone, todos os participantes são informados sobre a realização do projeto; antes dos exames é assinado o termo de consentimento e aplicado um questionário. “Após essa etapa, coletamos o escarro para o teste rápido molecular e é feito o exame de radiografia do tórax”, esclarece.

Os dois testes são realizados na hora e no mesmo dia ficam prontos, apenas o laudo com as imagens de raios X que são entregues ao setor de saúde do presídio na outra semana, atendendo todas as recomendações do Ministério da Saúde.


Há 12 anos atuando como agente penitenciário da área de segurança e custódia, Dirceu Belmar Monis, de 39 anos, participou do projeto e realizou, pela primeira vez, a radiografia do tórax. “Ações de prevenção e combate de doenças respiratórias dentro dos presídios é de extrema relevância, principalmente para nós profissionais que trabalhamos em locais com superlotação e em contato direto com a massa carcerária, onde a transmissão é ainda mais acentuada”, afirma.

O interno José Antônio de Oliveira, 34 anos, está preso há nove anos e teve pneumonia por três vezes antes de ir para a prisão. “É importante realizar esses exames, principalmente pelo meu histórico de doença respiratória; aqui dentro do presídio é a primeira vez que faço radiografia de tórax e o atendimento que recebi foi ótimo”, elogia.

Para o diretor-presidente da Agepen, Aud de Oliveira Chaves, projetos como esses demonstram o comprometimento da instituição com a saúde dos reeducandos e dos servidores penitenciários, considerando que a prevenção de doenças é a melhor saída para uma gestão eficaz. “É importante destacar também que a iniciativa é fruto de parceria entre o Governo do Estado e universidades brasileiras e até de fora do país, reforçando esse esforço em prol do sistema prisional, bem como de toda a população”, ressalta.

Investimentos

De acordo com os responsáveis, para equipar a unidade móvel, foram investidos R$ 700 mil em projetos vinculados a UFGD, dos quais R$ 137 mil pelo Governo de Mato Grosso do Sul, utilizados na preparação do baú, que barra a radiação emitida pelo aparelho de raios X; além disso, a Secretaria de Saúde doou 4 mil laudos. As instituições americanas financiaram R$ 2,2 milhões para as pesquisas e a carreta utilizada para o transporte da estrutura foi doada pela Receita Federal.

Texto e fotos: Tatyane Santinoni e Keila Oliveira.


segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Vivendo com HIV mas morrendo de tuberculose

Fonte: UNAIDS BRASIL


A tuberculose mantém seu status indesejável na liderança de doenças infecciosas que mais matam no mundo. De acordo com o último Relatório Global de Tuberculose de 2017 da Organização Mundial da Saúde, lançado nesta semana, o progresso global em reduzir novos casos de tuberculose e mortes é insuficiente para atingir os objetivos globais para tuberculose e HIV, apesar da maioria das mortes poderem ser evitadas com diagnóstico precoce e tratamento apropriado para tuberculose e HIV.

Como parte dos esforços globais para promover a resposta à tuberculose, a agenda de desenvolvimento global agora recebendo destaque entre centenas de líderes globais que vão participar da primeira Conferência Ministerial Mundial da OMS sobre o Desempenho da TB em Moscou, de 14 a 17 de novembro, e em uma Reunião de Alto Nível dedicada à Assembléia Geral das Nações Unidas sobre TB em 2018.

“Temos uma oportunidade sem precedentes para um enfoque político sobre as desigualdades que impulsionam a epidemia de tuberculose e HIV”, disse Michel Sidibé, Diretor Executivo do UNAIDS, “O retorno do investimento em TB e HIV é mais do que apenas dólares, está nas vozes ouvidas, direitos protegidos e vidas salvas “.

Em 2016, o risco de desenvolver doenças da tuberculose entre os 37 milhões de pessoas vivendo com HIV era cerca de 21 vezes maior do que o risco no resto da população mundial. Houve mais de um milhão de casos de tuberculose entre as pessoas que vivem com HIV – 10% de todos os casos globais de tuberculose em 2016. As pessoas vivendo com HIV têm muito mais chances de morrer de doença de TB do que pessoas HIV-negativas e uma em cada cinco (22%) das mortes por tuberculose ocorrem entre pessoas vivendo com HIV. Em 2016, houve 374.000 mortes por tuberculose entre pessoas vivendo com HIV, o que representa quase 40% de todas as mortes relacionadas à AIDS.

A doença da tuberculose e as mortes decorrentes podem ser evitadas com terapia preventiva, mas a maioria das pessoas que vivem com HIV que podem se beneficiar do tratamento não está recebendo. Em 2016, menos de 1 milhão de pessoas recém-matriculadas em cuidados com HIV foram iniciadas no tratamento preventivo de TB. A África do Sul representou a maior parcela do total (41%), seguida de Moçambique, Zimbabwe e Malawi.

O fardo global da tuberculose resistente aos medicamentos continua a aumentar com cerca de 600.000 casos que requerem tratamento, mas apenas um em cada cinco inscrito no tratamento em 2016.

A incidência mundial de tuberculose cai apenas cerca de 2% ao ano e em 16% dos casos de tuberculose as pessoas morrem da doença; até 2020, esses números precisam melhorar para 4-5% ao ano e 10%, respectivamente, para alcançar os primeiros marcos (2020) da Estratégia pelo Fim da Tuberculose da OMS. As principais lacunas permanecem no financiamento global para prevenção e tratamento da TB (US$ 2,3 bilhões) e pesquisa de tuberculose em novos medicamentos, vacinas e diagnósticos (US$ 1,2 bilhão) para 2017.

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Conferência Nacional de Vigilância em Saúde deve reunir 2 mil pessoas em Brasília

Fonte: Conselho Nacional de Saúde


Entre os dias 28 de novembro e 1º de dezembro de 2017 será realizada a 1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde (CNVS). O evento, que pretende reunir cerca de 2 mil pessoas de todo o Brasil na capital federal, é uma realização do Conselho Nacional de Saúde (CNS), em parceria com a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
 
Trabalhadores, usuários, gestores, conselheiros municipais, estaduais, nacionais e secretários de saúde, além de uma série de representantes de movimentos sociais em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), estarão reunidos em Brasília para discutir a proposta de uma Política Nacional de Vigilância em Saúde.
 
Para o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Adeilson Cavalcante, “a realização desse evento irá oportunizar o debate técnico e vai contribuir para a construção de uma política nacional fruto do trabalho dos profissionais da área de vigilância  para a melhoria e o fortalecimento das estratégicas de saúde em todo o país”. 
 
Com o tema central “Vigilância em Saúde: Direito, Conquistas e Defesa de um SUS Público de Qualidade”, o evento tem o objetivo de debater com a sociedade brasileira o direito à promoção e proteção da saúde. 
 
A 1ª CNVS é precedida por etapas preparatórias, realizadas em todos os estados brasileiros. Cada etapa reúne propostas apresentadas por participantes de municípios e macrorregiões locais. Também estão ocorrendo conferências livres organizadas pelos mais diversos públicos, como pessoas em situação de rua, acadêmicos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), população do campo, da floresta e das águas, movimento LGBT e povos ciganos, por exemplo, a fim de discutir necessidades específicas sobre vigilância em saúde.
 
A conferência nacional reunirá todas as propostas aprovadas nestas fases que antecedem o evento final, onde serão apresentadas e defendidas pelos delegados eleitos e convidados (no caso das conferências livres) em cada uma das etapas.
 
A conferência nacional conta com um site específico para informações sobre o tema www.cnvs.org.br.

terça-feira, 7 de novembro de 2017

O Fundo Fiduciário das Nações Unidas para acabar com a violência contra a mulher está aceitando pedidos para o seu 21º ciclo de financiamento de projetos (2017)

Fonte: UN WOMEN Fund for Gender Equality


Prazo de inscrição: 5 de dezembro de 2017
 
O Fundo Fiduciário das Nações Unidas para acabar com a violência contra as mulheres (UN Trust Fund) concede bolsas para iniciativas que demonstram que a violência contra mulheres e meninas pode ser sistematicamente abordada, reduzida e, com persistência, eliminada.

As organizações da sociedade civil são convidadas a enviar propostas de para projetos de US$ 50.000 até US$ 1 milhão por um período de três anos.
 
As propostas devem se encaixar em uma das três áreas programáticas:

(1) Melhorar o acesso das mulheres e meninas a serviços multissetoriais essenciais, que abordem segurança e sejam adequados para acabar com a violência contra mulheres e meninas;

(2) Aumento da eficácia da legislação, políticas, planos de ação nacionais e sistemas de responsabilização para prevenir e acabar com a violência contra mulheres e meninas; e
(3) Melhorar a prevenção da violência contra mulheres e meninas através de mudanças no conhecimento, atitudes e práticas.
 
Este ano, o Fundo também está buscando projetos específicos nas duas áreas:
(a) abordar a violência contra mulheres e meninas no contexto da atual migração forçada e crise de refugiados; ou
(b) abordar a violência contra mulheres e meninas com deficiência.
 
Serão priorizadas as candidaturas de organizações de direitos das mulheres, organizações dirigidas por mulheres e pequenas organizações de mulheres, em reconhecimento da sua capacidade de exercer a força motriz pelo fim da violência contra a mulher, além de estar à frente da assistência de mulheres e meninas sobreviventes no nível local.
 
Para ler o texto inteiro, em inglês, espanhol ou francês, clique aqui:  English | Español | Français
 
Para submeter, clique aqui.

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Brasil é um dos países de alta carga de TB com melhores indicadores relacionados à incidência, diz OMS

Fonte: Ministério da Saúde


Relatório aponta notificação de quase 90% de todos os casos no país e indica que a situação epidemiológica da tuberculose drogarresistente (TB-DR) no Brasil é controlada

O Brasil foi reconhecido como um dos poucos países de alta carga de tuberculose com bom desempenho no que diz respeito aos indicadores de incidência, com uma notificação de quase 90% de todos os casos no país. Além disso, também é um dos poucos países que depende inteiramente de recursos domésticos para o controle da tuberculose, o que indica a prioridade do governo para o enfrentamento da doença. Esses são alguns pontos abordados no Relatório Global de Tuberculose, lançado neste mês de outubro pela Organização Mundial de Saúde (OMS).  Para a publicação deste ano, focou-se nas metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e da Estratégia pelo Fim da Tuberculose.



O documento, que revela os dados epidemiológicos da tuberculose no mundo, considerando 201 países e territórios que representam mais de 99% da população mundial e dos casos notificados de tuberculose, indica que a situação epidemiológica da tuberculose drogarresistente (TB-DR) no Brasil é controlada. Segundo a publicação, isso se dá por diversas atividades de controle estabelecidas no país, entre elas a oferta do tratamento exclusivamente no Sistema Único de Saúde (SUS). Os dados mostram que desde a implantação do Teste Rápido Molecular para Tuberculose (TRM-TB), que detecta a resistência à rifampicina no momento do diagnóstico, o Brasil diagnosticou mais de 50% dos casos de TB multidrogarresistente estimados para o país pela OMS.

O relatório indica ainda que a integração de uma agenda multissetorial de pesquisa no Brasil tem sido crucial para o enfrentamento da doença. Um exemplo reconhecido pela OMS é o engajamento entre o Ministério da Saúde, academia, organismos internacionais e agências de financiamento para otimizar a prestação de serviços de TB para as populações mais pobres e vulneráveis do Brasil, alavancando a plataforma nacional de proteção social existente. O documento destaca que ao priorizar medidas de proteção social, o país busca diminuir as barreiras para o acesso ao tratamento completo, diminuindo, portanto, o abandono ao tratamento.

Situação do Brasil

O Brasil figura como um dos países prioritários para o enfrentamento da tuberculose e da coinfecção TB-HIV, de acordo com a OMS. Isso significa que o país está entre os 48 países prioritários para a abordagem da tuberculose, tanto por ser considerado um dos países com maior número de casos da doença no mundo, como também por ser um dos países com maior número de casos de TB-HIV.

Apesar desses países representarem 90% do número de casos de tuberculose no mundo, o Brasil, com seus 87 mil casos estimados, representa menos de 1% dos casos globais.

Apenas três países em desenvolvimentos foram considerados como países com altas taxas de detecção: Brasil, China e a Federação Russa. Dos trinta países de alta carga, apenas cinco foram considerados com alta cobertura dos serviços de tratamento: Brasil, China, Federação Russa, Vietnam e Zimbabué.

Apenas sete dos trinta países de alta carga da doença superaram 90% de cura dos casos de tuberculose. Alguns países ainda precisam avançar, como é o caso do Brasil, que apresentou 71% de cura entre os casos novos.

O relatório revela ainda que, no Brasil, os percentuais de testagem para o HIV seguem elevados. Entretanto, menos de 50% dos casos de TB com HIV positivo iniciaram terapia antirretroviral (TARV) em 2016. Ações, em parceria com o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, continuam sendo realizadas para melhorar esse resultado.

Tuberculose drogarresistente

A resistência antimicrobiana tem sido uma prioridade na agenda global de saúde. Estima-se que a tuberculose drogarresistente (TB-DR) seja responsável por um terço das mortes relacionadas à resistência aos antimicrobianos. A TB-DR é uma ameaça para a atenção e prevenção global da tuberculose e continua como um problema de saúde pública em muitos países.

Em 2016, apenas 153.119 casos de TB-DR foram notificados no mundo e desses, apenas 129.689 iniciaram o tratamento. Isso significa que mais de 20 mil casos diagnosticados com algum tipo de resistência não receberam qualquer tipo de tratamento. Além disso, o número de casos que iniciaram o tratamento para a TB-DR em 2016 representa apenas 22% da incidência estimada desses casos.

Pesquisa e inovação para o alcance das metas

A OMS estabeleceu desde 2014, com a aprovação da Estratégia pelo Fim da TB, que sem o desenvolvimento de novas ferramentas e sua incorporação aos sistemas de saúde, não seria possível alcançar as metas para o fim da epidemia global. Isso significa que novos diagnósticos, tratamentos encurtados e uma vacina eficaz são necessários para redução significativa do número de casos de tuberculose no mundo.

Cobertura Universal

Entretanto, os dados lançados indicam que o progresso para acabar com a tuberculose está estagnado. De acordo com o relatório, 10,4 milhões de pessoas adoeceram com tuberculose no ano de 2016, dentre esses casos, cerca de 600 mil apresentaram alguma forma de resistência ao tratamento, e 1,7 milhão de pessoas morreram por conta da doença. Duas em cada cinco pessoas com tuberculose não foram diagnosticadas ou notificadas, o que ilustra o desafio mundial para o alcance das metas estabelecidas para o enfrentamento da doença.

Alcançar as metas da tuberculose acordadas nos ODS e na Estratégia pelo Fim da TB requer ações voltadas para a cobertura de saúde universal e ações multissetoriais para abordar os determinantes sociais e econômicos da tuberculose.

O Brasil serve como estudo de caso para a OMS para as ações em cobertura universal para o tratamento da TB, proteção social e estratégias que abordam os determinantes da doença. Isso porque o Sistema Único de Saúde garante o diagnóstico e tratamento da tuberculose e o Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT) tem priorizado as discussões sobre proteção social entre suas ações.

Por Nucom SVS
Atendimento à imprensa
(61) 3315-3580/2351/2745

 

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

PNCT realiza IV Seminário Nacional de Diagnóstico Laboratorial da Tuberculose


 
Nos dias 05 e 06 de outubro foi realizado em Brasília o IV Seminário Nacional de Diagnóstico Laboratorial de Tuberculose. O encontro teve a presença de Diretores de Vigilância Epidemiológica Estadual, Diretores dos Laboratórios Centrais de Saúde Pública, Coordenadores dos Programas Estaduais de Controle da Tuberculose, Coordenadores da Atenção Básica Estadual, técnicos do Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde, do Programa Nacional de Controle da Tuberculose e da Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública, além do Centro de Referência Professor Hélio Fraga, referência nacional para o diagnóstico da tuberculose. 




Com o objetivo principal de incentivar o planejamento conjunto de atividades relacionadas ao controle da tuberculose e ressaltando o papel de cada área para maior eficiência nas ações de forma integrada. No evento foram discutidos temas transversais às instituições presentes, a partir do diagnóstico da doença.



Em consonância com a Estratégia da OMS, a coordenadora do Programa Nacional de Tuberculose apresentou o Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose como Problema de Saúde Pública, com um olhar especial para o Pilar 1, que concentra as ações voltadas para prevenção, diagnóstico e tratamento da tuberculose. Os participantes consideraram que esse foi um momento histórico pela promoção da integração entre as áreas envolvidas nas ações de controle da doença e que os temas apresentados e discutidos servirão como apoio e direcionamento para que o objetivo do seminário seja atingido.

Para acessar as apresentações clique nos links abaixo:

Apresentações do dia 05/10/2017
Apresentações do dia 06/10/2017

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Rede BRICS de Pesquisa em Tuberculose é lançada no Rio de Janeiro

Fonte: Portal da Saúde




Representantes dos governos e da academia do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul se reuniram em 14 e 15 de setembro, no Rio de Janeiro, para lançar a Rede BRICS de Pesquisa em Tuberculose, uma rede que identificará prioridades de pesquisa e maneiras de cooperação para avançar na luta contra a tuberculose e alcançar as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, para 2030. A Rede, composta por governo e academia, será oficialmente lançada na Conferência Ministerial Global sobre Tuberculose, no final de novembro em Moscou.

A Rede é o primeiro produto do Plano de Cooperação em Tuberculose dos BRICS, proposto pelos Ministros da Saúde dos cinco países em 2014, e acordado também pelas autoridades em 2016. O plano centra esforços em medidas de atenção, proteção social e pesquisa para o combate da doença nos países do grupo e em países de baixa e média renda.

Os BRICS concentram quase 50% de todos os casos novos de tuberculose no mundo. Apesar de ser o país com o menor número de casos no grupo, o Brasil é o único país prioritário para a tuberculose na região das Américas. A tuberculose é uma ameaça comum para a saúde pública dos cinco países e, ao unir esforços, os BRICS tomaram o primeiro passo para fazer frente à doença, liderando a agenda de pesquisa para o desenvolvimento de novas ferramentas para o seu enfrentamento.

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Pesquisadores e sociedade civil criam Comitê de Acompanhamento Comunitário em Tuberculose

Fonte: Agência de Notícias da AIDS


O Brasil agora conta com um Comitê Comunitário de Acompanhamento e Pesquisas em Tuberculose (CCAPTB/Brasil). O espaço, que tem sede no Instituto Clemente Ferreira, em São Paulo, foi criado para apoiar a atuação de pesquisadores sobre o tema. Nos dias 24 e 25 de agosto aconteceram as primeiras reuniões onde profissionais da área discutiram questões relacionadas à tuberculose. Atualmente 188 pesquisas estão sendo desenvolvidas no país com financiamento do DECIT (Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde).

Durante estes dois dias, cerca de vinte ativistas de todas as regiões do Brasil debateram o cenário político e tecnológico em relação à doença no país. Pesquisadores de diversas áreas, ligados à Rede TB (Rede Brasileira de Pesquisas de Tuberculose), apresentaram suas pesquisas e debateram seu desenvolvimento para possíveis interações com a sociedade civil. As realidades regionais foram destacadas, bem como particularidades a serem consideradas como coinfecções com o HIV/aids e Hepatites Virais, a proteção social da pessoa com tuberculose, orçamentos e prioridades.


Para Carla Almeida, do Grupo de Apoio e Prevenção a Aids do Rio Grande do Sul, o espaço é importante “para a formação e articulação política num campo que ainda tem participação reduzida da sociedade civil". Já José Carlos Veloso, da Rede Paulista de Controle da Tuberculose, identifica a necessidade de ações conjuntas dos segmentos sociais para que a " voz do engajamento comunitário seja ouvida junto às instâncias de decisão dos projetos". O pesquisador Ézio Távora, um dos idealizadores do espaço, avalia que o primeiro encontro foi "muito positivo para a criação e organização de uma rede de trocas de experiências e criação de canais de envolvimento comunitário mais efetivo".

Os membros foram escolhidos numa seleção que levou em consideração o currículo, experiências e realidades regionais. Sua coordenação colegiada é formada por ativistas ligados à área de mobilização social da Rede TB. Ao final do encontro os membros definiram um plano de trabalho que será colocado em prática até dezembro de 2017. Os trabalhos terão como prioridade o mapeamento de pesquisas que estão em andamento e o estudo aprofundado do Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose, recém lançado pelo Ministério da Saúde, que prevê ações até 2035.

Maiores informações: www.redetb.org

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

PNCT realiza oficina sobre Plano Nacional Pelo Fim da Tuberculose com coordenadores estaduais




Com a visão “Brasil livre da tuberculose”, o Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT) promoveu nos dias 21 e 22 de agosto a Oficina  com  coordenadores  estaduais. Na oportunidade foi apresentado o plano nacional para a eliminação da doença como problema de saúde pública e  sua  programação  teve o objetivo de discutir os objetivos e as estratégias  do documento.

O PNCT acredita ser esse um momento em que todos os extratos sociais devem estar envolvidos nesse propósito, sobretudo por ser a tuberculose uma doença desafiadora para o seu controle; cabendo articulação intra e intersetorial no intuito de enfrentar os determinantes relacionados com o aparecimento da doença.

Pensando na singularidade de cada local e nos problemas vivenciados nos município, o PNCT propôs um Diagnóstico Situacional arrojado, chamado de “Cenários da tuberculose no Brasil”. Com essa inovação espera-se contribuir com o planejamento e monitoramento local, auxiliando assim na identificação de prioridades por cada município brasileiro.

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Seduc promove palestras sobre a tuberculose para alunos da rede estadual de ensino

Fonte: Fato Amazônico


A 1ª Exposição da Tuberculose nas escolas estaduais do Amazonas, com o tema: “Tuberculose no Contexto Escolar”, começou ontem (18) e segue durante toda a semana no Centro Educacional de Tempo Integral (Ceti) Gilberto Mestrinho, no bairro Educandos, zona sul de Manaus. A atividade é uma parceria da Secretaria de Estado de Educação e Qualidade do Ensino (Seduc) e Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS).

A palestra foi prestigiada por coordenadores, gestores e alunos da Coordenadoria Distrital de Educação 2 (CDE2), com cinco palestrantes que falaram de prevenção, tratamento, abrangência da doença no Estado e no Brasil. Após as palestras, os alunos, professores e coordenadores também puderam participar de jogos lúdicos sobre os sintomas da tuberculose, além de receber mais informações sobre sintomas e prevenção da doença. Eles também puderam observar no microscópio o bacilo causador da tuberculose.

Rede de informação – O principal objetivo da mostra é instrumentalizar representantes da área da educação para a continuidade das atividades de prevenção à tuberculose na escola, como uma capacitação que passe de coordenador para diretor e professor, do aluno para família, criando assim uma rede de informação que gera prevenção e alerta para os sintomas.

O Amazonas é o município que tem o maior número de incidência da doença. No ano passado foram registrados 67,2 casos de tuberculose a cada 100 mil habitantes. Esse número dobra o da média nacional de 32,4 casos para o mesmo número de habitantes esses números e a incidência desses casos coloca o Amazonas pela quarta vez seguida em 1º lugar ranking das unidades da federação com maior número de casos com incidência no Brasil, segundo dados divulgados pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS).

Sintomas – A tuberculose é uma doença causada por bactéria que ataca principalmente os pulmões, mas pode também ocorrer em outras partes do corpo, tais como ossos, rins e pleura (membrana que envolve os pulmões).

A coordenadora do Programa de Educação e Saúde na Escola, Delta Aparecida de Castro Segadilha, que responde pela Seduc, por meio do Gerencia de Projetos e Programas de Atendimento ao Escolar (Geppae), falou sobre a importância e os benefícios das parcerias da secretaria de educação.

“A secretaria tem muito a ganhar com essas ações, porque essa doença interfere negativamente no processo de ensino e aprendizagem. Queremos boas notas nas avaliações internas e para isso é preciso que o aluno esteja sadio, para que ele se desenvolva satisfatoriamente nesse processo. Outra coisa que queremos é diminuir a evasão escolar, diminuir a infrequência e, principalmente, melhorar a qualidade de vida desse aluno, porque a doença afasta o aluno da escola por dois a três meses e, em alguns casos, ele nem volta, com vergonha do preconceito da doença que ainda é muito grande”, disse a coordenadora.

Processo educativo – A palestra sobre o diagnóstico e tratamento da Tuberculose no adulto e criança foi ministrada pela diretora da Policlínica Cardoso Fontes e pela representante do Comitê Estadual de Tuberculose, Irineide Antunes. “Educação e saúde têm que ser compartilhada com a Secretaria de Educação, tanto estadual como municipal. O processo educativo é um processo lento e se nós começarmos na escola e a criança desde pequena aprender o que é a tuberculose, ela vai crescer e vai passar o conhecimento. Assim vamos conseguir a socialização da tuberculose para que as pessoas todas saibam como é a doença e como prevenir”, frisou a doutora.

A palestra sobre a “Importância do tratamento de tuberculose e medidas para controle” foi ministrada pela doutora Marlucia Garrido, da FVS-AM. Ela ressaltou sobre a prevenção da doença e a importância da parceria com a Seduc para o combate à prevenção da doença. “A Seduc permite a expansão da informação  por todo o Estado por meio de videoconferências e isso tem permitido atualizar as informações do diagnóstico e o tratamento da doença. Nós estamos tentando chegar mais perto dos professores, que são os disseminadores da informação, e dos alunos, que são os melhores multiplicadores desse contexto. A tuberculose é um grave problema no Amazonas, e a informação ajuda na cura da doença”, enfatizou Marlucia.

Microscópio – Alguns alunos assistiram atentos à palestra e aproveitaram para ver bem de perto, pelo microscópio, o bacilo causador da tuberculose. A aluna Vanessa Monteiro Seixas, 16 anos, do 9º ano do Ensino Fundamental, falou que a atividade serviu para que ela aprendesse um pouco mais sobre o processo evolutivo da doença. “Eu conhecia, mas não sabia muita coisa, que acabei descobrindo hoje”, disse Vanessa.

Plano Nacional para a Eliminação da Tuberculose é apresentado na COMISSÃO INTERSETORIAL DE ATENÇÃO A SAÚDE DAS PESSOAS COM PATOLOGIAS (CIASPP) do Conselho Nacional de Saúde (CNS)

No Dia 11 de julho, o Plano Nacional para Eliminação da Tuberculose como Saúde Pública foi pauta na Comissão Intersetorial de Atenção a Saúde das Pessoas com Patologias (CIASPP) do Conselho Nacional de Saúde (CNS).

O evento contou com a participação da Dra. Denise Arakaki, coordenadora geral do Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT) que discutiu com os conselheiros os principais objetivos do plano. Também estiveram presentes, Carlos Basília, do Observatório Tuberculose Brasil, que ressaltou a importância do papel do controle social na nova estratégia de eliminação da doença e Professor Júlio Croda, representando a Rede TB de Pesquisa, que contribuiu com o papel da pesquisa no alcance da meta de reduzir para menos de 10 casos por 100.000 habitantes o coeficiente de incidência da tuberculose até o ano de 2035.

Após o pronunciamento dos diferentes representantes da CIASPP, reforçando a necessidade de pautar o tema da tuberculose nas instâncias estaduais e municipais dos conselhos, foi encaminhado por unanimidade a necessidade de levar para o pleno do CNS a revisão e realinhamento da Resolução 444/2011 com a nova estratégia brasileira.


Outras informações sobre a reunião também podem ser acessadas através do Observatório Tuberculose Brasil .

Saiba mais sobre o Plano: O Plano Nacional traça as estratégias para acabar com a doença como problema de saúde pública no país até 2035 e define os indicadores prioritários a serem utilizados para o monitoramento das ações empregadas por estados e municípios, entre eles, a redução do coeficiente de abandono de tratamento e aumento no percentual de cura da doença. O plano foi elaborado com o objetivo de subsidiar os coordenadores dos programas locais no cumprimento das metas que estão em consonância com o plano da Organização Mundial de Saúde (OMS) e está alinhado com as políticas do SUS, além de ser um grande avanço para mudar os paradigmas do controle da tuberculose no Brasil. Leia mais sobre o Plano Nacional no hiperlink: https://drive.google.com/open?id=0B0CE2wqdEaR-eVc5V3cyMVFPcTA

Conselho Nacional de Saúde (CNS)

   O CNS é a instância máxima de deliberação do Sistema Único de Saúde – SUS - de caráter permanente e deliberativo, tem como missão a deliberação, fiscalização, acompanhamento e monitoramento das políticas públicas de saúde. Com nova presidência referente ao triênio 2015 – 2018, realizou seu planejamento estratégico com base nas propostas da 15ª Conferência Nacional de Saúde.

Ainda como uma ação decorrente do processo eleitoral, iniciou em sua 59ª Reunião Extraordinária, o debate referente ao processo de restruturação de todas as comissões, avaliando o papel e a necessidade de repensar a quantidade de comissões existentes. Nesse sentido, as 26 Comissões Intersetoriais foram consolidadas em 18, no intuito de potencializar os debates acercas dos temas, incluindo a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa.

A CIASPP representa a comissão de pessoas com patologias, DST-Aids, tuberculose, hanseníase e hepatites Virais.
Leia mais sobre o CNS em: http://www.conselho.saude.gov.br/Web_comissoes/index.html



Resolução 444/2011 - CNS 

Para a resolução que ainda está em vigor, foram considerados os indicadores e metas do STOP TB, a priorização da tuberculose na agenda política do Ministério da Saúde, a coinfecção TB-HIV, a prevenção a tuberculose multirresistente, as populações mais vulneráveis ao adoecimento, a descentralização da TB na atenção básica, a oferta de diagnóstico oportuno, o CNS recomenda: 
  • Aprofundar a articulação com os movimentos sociais, com o Congresso Nacional e com instituições intra e intersetoriais para pautar a necessidade de benefícios sociais, políticas específicas para as populações mais vulneráveis, de modo a enfrentar os determinantes sociais da TB e com isso eliminar a doença como um problema de saúde pública no país.





quarta-feira, 19 de julho de 2017

PLANO NACIONAL PELO FIM DA TUBERCULOSE COMO PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA É DISCUTIDO NO 33º CONGRESSO DO CONASEMS

Aconteceu em Brasília entre os dias 12 e 15 de julho o 33º Congresso do CONASEMS – Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde. Durante a programação, oficinas, seminários, cursos e mesas discutiram importantes temas para a gestão municipal do SUS, como atenção básica, financiamento da saúde, planejamento ascendente, regionalização e organização da rede de atenção à saúde, bem como papel da participação da comunidade no planejamento das ações de saúde.

Na manhã do dia 12 de julho, o Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose como Problema de Saúde Pública  foi apresentado aos Secretários Municipais. Essa atividade foi resultado da articulação de representantes da sociedade civil e governo, em reunião para formação do Grupo de Trabalho da Comissão de Seguridade Social e Família para acompanhamento do Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose, coordenado pelo Presidente da Frente Parlamentar de Tuberculose da Câmara de Deputados, Antonio Britto.

O Plano Nacional traça as estratégias para acabar com a doença como problema de saúde pública no país até 2035 e define os indicadores prioritários a ser utilizados para o monitoramento das ações empregadas por estados e municípios, entre eles, a redução do coeficiente de abandono de tratamento e aumento no percentual de cura da doença. O plano foi elaborado com o objetivo de subsidiar os coordenadores dos programas locais no cumprimento das metas que estão em consonância com o plano da Organização Mundial de Saúde (OMS) e está alinhado com as políticas do SUS, além de ser um grande avanço para mudar os paradigmas do controle da tuberculose no Brasil.

A pauta no CONASEMS teve como objetivo empoderar os Secretários Municipais de Saúde de todo o país para que elaborem seus planos anuais para o controle da tuberculose com base nessa nova estratégia. A mesa no congresso foi coordenada pelo Deputado Antonio Brito, que na ocasião representava o Grupo de Trabalho de Acompanhamento do Plano Nacional, e teve a presença do Diretor do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis, Dr. João Paulo Toledo, e da Coordenadora do Programa Nacional de Controle da Tuberculose, Dra. Denise Arakaki.

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Coinfecção TB-HIV É tema da Conferência de Abertura do Congresso DST/Aids In Rio

Fonte: Portal da Saúde

 Nesta quarta e quinta-feira (13), o Windsor Convention & Expo Center, no Rio de Janeiro, sedia o XI Congresso da Sociedade Brasileira de DST e o VII Congresso Brasileiro de AIDS. Diferentemente das edições anteriores dos congressos da Sociedade Brasileira de DST, este ano, os eventos acontecem em conjunto com o STI&HIV World Congress 2017 e conta com a presença dos mais importantes pesquisadores em DST/AIDS do mundo.

Na quarta-feira (12), durante a mesa de abertura, Adele Benzaken, diretora do Departamento de IST, HIV/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde (DIAHV) afirmou que pela primeira vez o Brasil conta com uma gestão no Departamento que coloca as IST’s no centro das ações. A diretora garantiu que outros avanços só serão possíveis se todas as áreas se envolverem. “Independentemente da crise, nós crescemos. É preciso que os estados, municípios e todas as esferas trabalhem de maneira harmônica com o Ministério da Saúde. Essa é a chave para o enfrentamento das ISTs."

Após a mesa de abertura, Kleydson Andrade, do Programa Nacional de Controle da Tuberculose do Ministério da Saúde (CGPNCT), proferiu a Conferência de Abertura, falando sobre “O desafio do controle da Tuberculose em pessoas vivendo com HIV”. Após apresentar as recomendações e panorama internacional da coinfecção TB/HIV, Kleydson Andrade apresentou o panorama epidemiológico da coinfecção no Brasil, com destaque para as ações colaborativas que são desenvolvidas pelo CGPNCT em parceria com o DIAHV. “É importante que essas ações conjuntas, já desenvolvidas na esfera federal, sejam reproduzidas nas esferas estaduais e municipais, da atenção primária à terciária”, afirmou.

Na mesa de abertura, também estavam o Dr. Mauro Romero Leal Passos, professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro e Presidente da Sociedade Brasileira de DST, e a Dra. Angélica Espinosa, diretora cientifica dos eventos. Durante essa mesa, por conta de toda a trajetória de pesquisa e militância pelas IST´s no país, houve a premiação do Dr. Mauro Romero com a primeira Medalha Walter Belda.

A tuberculose atualmente

Nos países endêmicos para TB, o advento da epidemia de HIV/aids tem acarretado aumento significativo dos casos de TB, ocasionando piores desfechos (abandono e óbito). No Brasil, o risco da pessoa vivendo com HIV/aids (PVHA) adquirir Tuberculose é 28 vezes maior quando comparada a população sem HIV/aids. Apenas 41,8% dos casos novos de TB com coinfecção fizeram uso da terapia antirretroviral (TARV), e quando comparado a pacientes coinfectados sem uso da TARV, pacientes coinfectados em uso da TARV curam 35% mais e morrem 44% menos por TB. Com esses destaques do primeiro Boletim Epidemiológico sobre coinfecção TB/HIV no Brasil, Kleydson Andrade pontuou a baixa cobertura de TARV em pacientes com coinfecção TB/HIV, ressaltando a importância da sobreposição dos tratamentos como medida de maior impacto na redução da mortalidade nesse grupo.

quinta-feira, 13 de julho de 2017

Interdisciplinaridade marca VI Workshop Nacional da Rede TB

Fonte: REDE-TB



Pesquisadores brasileiros, estrangeiros, estudantes de graduação e pós-graduação, profissionais das áreas da saúde, ativistas, representantes de indústria e outras de interesses afins participaram do VI Workshop Nacional da Rede TB, ocorrido no dias 22 e 23 de junho, no Rio de Janeiro (RJ).

Os principais temas relacionados à pesquisa e inovação, diagnóstico, tratamento e controle da tuberculose nos seus mais variados aspectos foram contemplados nas cerca de 50 palestras realizadas por meio de conferências e mesas redondas, resultando em importantes discussões e troca de conhecimentos entre os participantes.

O presidente da Rede TB, Afrânio Kritski, destacou que, desde a criação da Rede em 2001, a interdisciplinaridade caracteriza os encontros do grupo, mas nas últimas edições houve um refinamento nesse sentido. “Hoje, quem participa da Rede são pesquisadores que aprenderam a ouvir os outros olhares… a nossa proposta prioritária é um trabalho interdisciplinar e intersetorial. A Rede abarca desde a pesquisa básica, identificação de moléculas para novos fármacos ou vacinas ou testes diagnósticos, até estudos sociológicos, antropológicos ou econômicos. Você acompanha o biologista molecular falando de DNA e ouvindo palestras sobre estudos qualitativos, enquanto que enfermeiros, psicólogos participam de discussões sobre novos fármacos. Isso é muito novo. Eu desconheço reuniões assim em outras áreas no Brasil”, explica.

Um panorama da situação e dos desafios atuais da pesquisa em tuberculose no Brasil foi apresentado nas conferências proferidas, respectivamente, pela coordenadora geral do Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT) do Ministério da Saúde, Denise Arakaki; e pela coordenadora geral do Programa de Pesquisa em Saúde do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), agência do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Raquel de Andrade Lima Coelho.

Na terceira conferência do evento, o economista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Fábio Mota, apresentou um mapeamento da produção científica e das patentes em TB dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia e China) feito a partir de análise bibliométrica e de redes de colaborações, que pode contribuir para a identificação de trabalhos conjuntos já realizados e pautas comuns para futuras cooperações entre os países.

Mesas Redondas

Se o cenário geral das pesquisas em tuberculose foi colocado nas conferências, as especificidades do tema puderam ser expostas e discutidas por meio das 12 mesas redondas organizadas nos seguintes tópicos: 1) “Estudos de Epidemiologia Molecular”, 2) “Uso do Xpert MTB Rif na Detecção de TB MDR no País”, 3) “Novas Tecnologias para Medicamentos Resistentes e Genótipos em TB”, 4) “Biomarcadores e Imunopatogenia”, 5) “Epidemiologia - TB em Populações Vulneráveis e Proteção Social”, 6) “Engajamento Comunitário em Pesquisa e a Rede TB”, 7) “TB MDR”, 8) “TB, TB Latente e Co-morbidades”, 9) “TB e Co-morbidades”, 10) “Uso de Sistema de Informação para Pesquisa Clínica e Operacional”, 11) “Sistema de Gestão de Qualidade em Pesquisa”, 12) “Pesquisa Qualitativa na Área de Tuberculose”.

Na primeira mesa redonda, foram apresentados os resultados de estudos sobre métodos moleculares utilizados na genotipagem e identificação de mutações genéticas; sobre o fenômeno da resistência nos cenários de infecção mista e de heteroresistência; a dinâmica de virulência em ambientes urbanos do Espírito Santo, e a diversidade genética e o rastreamento da tuberculose nos países de língua portuguesa.

Na segunda, houve a exposição de lições aprendidas com a Rede de Teste Rápido, o Xpert MBT/RIF implantada pelo Ministério da Saúde desde 2014i; e de análises do uso deste teste molecular com os métodos fenotípicos usados no diagnóstico de tuberculose resistente realizadas no Instituto Adolfo Luiz em São Paulo e no Laboratório Nacional de Referência Professor Helio Fraga.

Uma terceira mesa trouxe informações sobre o uso de uma plataforma portátil de qPCR; a validação laboratorial de um projeto de PCR de tempo real, kit produzido por empresa nacional; a validação e os custos de um kit SIRE Nitratase, teste fenotípico para diagnóstico de TB MDR, também desenvolvido por empresa nacional; a variabilidade genética do bacilo da TB no Rio Grande do Sul e a diversidade molecular e distribuição espacial da doença em Salvador.

A quarta mesa redonda consistiu de apresentações sobre a caracterização de biomarcadores para TB ativa e TB latente; a resposta neutrofílica na hiperinflamação em pacientes com tuberculose pulmonar; a relação entre virulência e imunopatogenicidade em modelo animal de infecção experimental; a relação entre tuberculose e depressão e também anemia; e o uso de biomarcadores de infecção por M.tuberculosis na resposta ao tratamento de crianças e adolescentes.

A mesa cinco abarcou novas abordagens para pesquisas e proteção social; uma visão geral da relação entre tuberculose e depressão; o cenário da tuberculose em prisões no Mato Grosso do Sul; e características da TB em Roraima.

Na sexta mesa redonda, a discussão girou em torno do ativismo como estratégia de incidência política no contexto das pesquisas; e do papel da sociedade civil junto às populações vulneráveis e no acompanhamento comunitário em pesquisa.

A mesa sete reuniu os estudos sobre o uso de escore clínico para diagnóstico de TB multirresistente (MDR); o impacto do mecanismo de efluxo na resistência aos antimicrobianos no M. tuberculosis e outras micobactérias; uma abordagem quanti/quali do TB MDR no Rio de Janeiro e em Lisboa; e perspectivas de esquemas encurtados para TB MDR no Brasil.

Na oitava mesa foram destaques: a depressão entre sintomáticos respiratórios e pacientes com TB em Caxias; a interação entre drogas no contexto TB/HIV no Brasil; e resultados preliminares de pesquisas translacional e clínica em TB, desnutrição e imunopatogenia.

A mesa número nove abordou a experiência do Pactu Pela Rua realizada em São Paulo; as ações de controle da TB no consultório de rua no município do Rio de Janeiro; e o uso de escore clínico para liberação de pacientes do isolamento respiratório nos hospitais.

A dez trouxe o tema das tecnologias em TB em trabalhos sobre o uso de formulários eletrônicos para atividades de pesquisa operacional; tecnologias móveis aplicadas ao tratamento diretamente observado (TDO); e integração de sistemas de informação para o gerenciamento de pacientes em TB.

Na discussão da mesa 11, o tema da gestão foi trazido nas palestras sobre gestão da qualidade em instituição de Ciência e Tecnologia (C&T) em Saúde; segurança no sistema de gestão de qualidade para laboratórios de diagnóstico de TB resistente; e interfaces das gestões de conhecimento e de qualidade.

Finalizando a ampla gama de temas abordados no VI Workshop, a mesa redonda 12 reuniu pesquisas sobre o processo de incorporação tecnológica no SUS; o acesso e barreiras no tratamento de TB no consultório de rua; discurso, práticas de significação e acontecimento na política de saúde em tuberculose; e os significados do cuidado para os contatos do paciente com tuberculose pulmonar e a interrelação com o profissional da saúde.

NIH financiará pesquisas que estudem a relação entre a tuberculose, diabetes e HIV

Fonte: FIOTEC


Sem um valor máximo de financiamento, edital expira apenas em 2020

Escrito por Janaina Campos
Publicado: 05 Julho 2017

A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões. De acordo com dados do Ministério da Saúde, anualmente, são notificados cerca de 10 milhões de novos casos em todo o mundo. Pesquisas já demonstraram que pessoas infectadas pelo HIV têm quase 30 vezes mais chance de adoecer com Tuberculose do que as pessoas sem HIV. Outro dado alarmante é que a diabetes aumenta três vezes a chance de uma pessoa contrair tuberculose.

Em consonância com essas informações, uma necessidade crítica surgiu para o desenvolvimento de novos tratamentos que abordem, de forma mais eficaz, a pandemia de TB alimentada não apenas pela infecção pelo HIV, mas também pela crescente prevalência global de Diabetes tipo 2. Esse é o tema do edital para financiamento de pesquisas lançado pelo National Institute of Health (NIH). O objetivo é apoiar projetos que identifiquem e elucidem mecanismos patogênicos subjacentes às interações entre a TB e a Diabetes e o HIV. Os interessados podem se inscrever pelo site, a partir do dia 7 de agosto.

O edital não limitou um valor para o financiamento. Porém, os orçamentos das aplicações deverão refletir as necessidades reais do projeto proposto.

Apoio da Fiotec

Os interessados em submeter propostas com o suporte da Fiotec podem entrar em contato pelo e-mail iniciacaoprojetos@fiotec.fiocruz.br. O apoio na elaboração busca facilitar o entendimento do edital e o cumprimento dos critérios dispostos no documento. Lembrando que, para obter apoio da Fiotec, é necessário o envolvimento de uma Unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

quarta-feira, 5 de julho de 2017

Tuberculose em destaque na 15ª Expoepi


No período de 28 à 30 de junho acorreu em Brasília a 15ª Mostra  Nacional de  Experiências Bem–Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças (Expoepi).

A mostra contou com a participação de cerca de três mil pessoas de todas as unidades federativas do Brasil. Foram apresentados 17 painéis temáticos, 15 mostras competitivas, duas mesas redondas e 12 sessões de pôsteres.  Nessa vasta programação a tuberculose foi tema central no painel Enfrentamento da Tuberculose: o que esperar para os próximos anos” no qual foi lançado o Plano Nacional Pelo Fim da Tuberculose  pelo  Dr. João Toledo,  Diretor do Departamento de Doenças Transmissíveis (DEVIT), onde está inserido o PNCT.

O documento traça as estratégias para acabar com a doença como problema de saúde pública no país até 2035 e define os indicadores prioritários que devem ser utilizados para o monitoramento das ações empregadas por estados e municípios. Entre eles, a redução do coeficiente de abandono de tratamento e aumento no percentual de cura da doença. Os indicadores operacionais, para o monitoramento do controle da tuberculose, refletem o desempenho dos serviços de saúde na qualidade do cuidado à pessoa com a doença.  

Acesse aqui o Link para o Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose

Dra. Denise Arakaki, Coordenadora do Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT) destaca que o plano foi elaborado com o objetivo de subsidiar os coordenadores dos programas locais no cumprimento das metas que estão em consonância com o plano da Organização Mundial de Saúde (OMS) e ressalta que o documento está alinhado com as políticas do SUS e é um grande avanço para mudar os paradigmas do controle da tuberculose no Brasil.

Também foram destaques no painel a fala do gerente técnico de Tuberculose da UNITAID – organização internacional que investe em novas tecnologias para diagnóstico e tratamento do tuberculose, HIV/Aids e malária, Dr. Draurio Barreira que alertou para o fato que o Brasil é o pais das Américas com a maior incidência e mortalidade por tuberculose.

O resultado e reconhecimento mostram os esforços do país para combater a doença que, segundo a OMS, é a 1ª doença infecciosa no mundo que mais mata.  

Além disso, Carlos Basilia, secretário executivo da Parceria Brasileira Contra a Tuberculose, representante da sociedade civil alertou para os desafios que o Brasil precisa enfrentar para combater a doença considerando que o pais ainda possui grandes desigualdades sociais.

A tuberculose também foi pauta no painel “Desafios atuais em vigilância de doenças transmissíveis” que entre os temas, abordou a coinfecção TB-HIV como problema de saúde pública.  Durante essa painel, Dr. João Toledo lançou a campanha para mídias sociais sobre coinfecção TB-HIV, produzida pelo Departamento de IST, Aids e Hepatites Virais em parceria com o PNCT. A campanha “Contra a coinfecção TB e HIV não tem reza, não tem figa e nem mandinga: tem tratamento e prevenção” tem como objetivo chamar a atenção para a importância do diagnóstico e tratamento da tuberculose pelas pessoas que vivem com HIV. 

O apelo dos ícones de proteção e sorte, reforçam a mensagem de que não se deve relegar à sorte os cuidados com a saúde, a proposta é provocar as pessoas a terem a atitude de buscar o diagnóstico e o tratamento da TB e/ou do HIV.


Campanha Contra a coinfecção TB e HIV não tem reza, não tem figa e nem mandinga: tem tratamento e prevenção 
A tuberculose também foi destaque no painel de lançamentos das publicações da Secretaria de Vigilância em Saúde, entre elas estavam o Protocolo para vigilância do óbito com menção de tuberculose nas causas de morte e a Cartilha do Agente Comunitário de Saúde (ACS).

O Protocolo foi desenvolvido pelo PNCT em parceria com outras representações do Ministério da Saúde, além de diversos colaboradores, os quais foram consultados e tiveram a oportunidade de construir coletivamente o matéria que tem como objetivo oferecer às equipes dos Programas de Controle da Tuberculose subsídios para implantação da vigilância do óbito relacionado à doença.  


Já a Cartilha do ACS foi produzida em parceria com o Departamento de Atenção Básica e apresenta as recomendações nacionais de controle da tuberculose, Tem como objetivo contribuir para a qualificação das atividades diárias do ACS relacionadas ao controle da doença.  



Em parceria com PNCT, o Departamento de IST, Aids e Hepatites Virais lançou o primeiro boletim primeiro Boletim Epidemiológico sobre a “Coinfecção TB-HIV no Brasil: panorama epidemiológico e atividades colaborativas” que tem por objetivo descrever o panorama da coinfecção e discutir os seus desafios à luz das atividades colaborativas realizadas pelo PNCT, juntamente com o Departamento de IST, Aids e Hepatites Virais.

Acesse Aqui o Link para o Boletim Epidemiológico sobre a "Coinfecção TB-HIV no Brasil: panorama epidemiológico e atividades colaborativas. 

Por fim, a tuberculose foi destaque na mostra competitiva. Dois trabalhos foram premiados. Na mostra Vigilância, prevenção e controle das doenças transmissíveis relacionadas à pobreza, Argina Gondim da Secretaria Municipal de Fortaleza foi premiada em primeiro lugar com o trabalho “Vencendo os desafios de diagnosticar e curar pessoas com tuberculose em situação de rua.  

Na mostra, Produção técnico-científica por parte de profissional do SUS que contribuiu para o aprimoramento das ações de vigilância em saúde – Mestrado, Eliane Ferreira Mendonça da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, apresentou o trabalho sobre a Avaliação do Programa de Controle da Tuberculose: uma análise de implantação municipal que também foi selecionado em primeiro lugar.